O que é cocriação e como aplicar nas empresas? 

mão desenhando com caneta e outra mão apontando o desenho

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Cocriação é uma palavra que soa muito bem, mas que no dia a dia das empresas ainda é pouco praticada.

Ou melhor, as empresas mais inovadoras colocam isso em prática, de forma rotineira.

Mas seria importante que mais empresas soubessem o quanto cocriar agrega valor a todos seus stakeholders! E inovação tem tudo a ver com geração de valor, certo?

Mas vamos lá, afinal, o que é cocriação?

Cocriação é uma prática de gestão inovadora que usa métodos criativos para envolver diversas pessoas representativas para um negócio, os chamados stakeholders, a fim de gerarem conjuntamente novas ideias de produtos, serviços e soluções.

Quem participa de uma sessão de cocriação leva dali a visão completa do mercado em que atua, pela ótica de seus mais diversos atores.

Por outro lado, quem promove essas sessões tem a certeza que nela serão geradas inúmeras ideias, muito potencial de inovação, além de deixar seus participantes super engajados com a empresa, elevando seu grau de lealdade com a marca.

Ou seja, ao convidar stakeholders para uma sessão de cocriação, além de enriquecer seu pipeline de produtos e serviços com a visão, dores e necessidades de seus clientes, a empresa irá fortalecer seu relacionamento eles!

No fim, todos ganham!!

A cocriação se fundamenta em 4 valores básicos:

  1. Abertura para ouvir e expor suas ideais;
  2. Empatia para entender as dores dos stakeholders;
  3. Colaboração, pois uma ideia simples pode se tornar uma ideia gigante quando as pessoas unem suas experiências e vivências;
  4. Aprendizagem: ao abrir sua mente para ouvir as outras pessoas, cada um leva consigo uma bagagem enorme de aprendizados dessas sessões que podem ser aplicados em inúmeros contextos.

Mas com todos esses benefícios, por que será que as empresas ainda não investem nessa iniciativa de forma sistemática?

Infelizmente, ainda há muita confusão sobre como inovar na prática.

É fundamental lembrar que inovar vai além de paredes coloridas, roupas informais e buzzwords do ecossistema de inovação!

Inovar é cultura, mindset e processo! E nesse combo muitas empresas ainda falham.

Cultura porque são pessoas que movem empresas e elas devem comungar de valores em comum presentes em empresas de inovação tais como:

  1. autonomia para tomada de decisão;
  2. encorajamento para se arriscar (e não ter punição);
  3. proteção das boas ideias, dando tempo para que elas sejam colocadas a prova no mercado. Caso contrário, a visão de curto prazo sempre irá ser determinante e as boas ideias irão para o lixo antes de terem tido a oportunidade de serem testadas.
  4. Entre outras…

Do lado de mindset, uma mentalidade de crescimento encara os fracassos de forma resiliente e anti-frágil, melhorando sempre, com o intuito de aprender algo novo a cada dia.

Por fim, inovação é processo porque tem que ser contínuo, com começo, meio, fim e recomeço! E cada etapa tem que ter um conjunto de atividades a serem realizadas para seguir adiante.

Nesse ponto falta constância e acompanhamento de resultados na maior parte das empresas. Em processos, a cocriação ajuda demais nesse começo e recomeço!

Por exemplo, considere mercados que estão na fase de maturidade, chegará um momento em que faltarão caminhos diferentes… as ideias começam a se repetir e parece que será o início do declínio daquele negócio.

Nessa situação, é imprescindível ouvir seus stakeholders para confirmar se é isso mesmo, ou se outras oportunidades estão sendo geradas, com necessidades diferentes das mapeadas atualmente.

E com base em tudo isso, gerar novas ideias de produtos, serviços e soluções.

Bom, agora que vc já entendeu sobre a importância de cocriar, quer saber como seguir adiante?

Primeiro é necessário um método criativo para possibilitar que tudo isso ocorra.

Portanto, é preciso olhar para o mercado e entender quais métodos conversam com os valores de um processo de cocriação.

O design thinking é uma das opções mais utilizadas atualmente.

É uma abordagem excepcional que contribui demais para a confiança criativa das pessoas.

Outra opção completamente inovadora e lúdica é a metodologia Lego® Serious Play®.

Lego® Serious Play® foi desenvolvido pelo grupo Lego® na década de 90 justamente num momento em que o negócio estava sob ameaça de novos entrantes tecnológicos: os games.

Nessa hora decisiva, seus executivos tiveram um bloqueio criativo acerca de quais caminhos seguir.

E ao buscar soluções para sair desse entrave, encontraram dois pesquisadores que usavam o Lego como base para desbloquear a criatividade em indivíduos e grupos.

LSP é um método que permite que as pessoas consigam se expressar por meio de seus modelos de Lego.

Com base na neurociência, Lego® Serious Play® permite que por meio da conexão das mãos com o cérebreo, as pessoas acessem seu subconsciente e tragam em seus modelos suas ideias mais profundas, sem julgamentos.

Os valores da cocriação são 100% praticados nas sessões com LSP, pois como a observação e escuta ativa são muito valorizadas, as pessoas conseguem praticar a empatia e aprender muito nesse processo, com colaboração e abertura.

Após a escolha do método, é hora de listar as pessoas que irão participar das sessões.

Quanto mais diversa a área de formação e o papel dessa pessoa no negócio, melhor!!

Isso ajudará a todos a ampliar sua forma de enxergar o mundo e construir conjuntamente, o que faz parte da etapa de divergência dentro processo criativo.

Por fim, defina o tamanho dos grupos.

Sabemos que grandes grupos podem silenciar algumas vozes, por vergonha ou medo de julgamento.

Principalmente no ambiente on-line, onde basta desligar a câmera para a pessoa passar despercebida.

Portanto, a dica é formar pequenos grupos, de 6 a 8 pessoas nas sessões on-line, e de até 12 pessoas nas sessões presenciais, para cada facilitador(a) que estiver conduzindo o workshop.

Não esqueça de deixar bastante post-it e outros materiais de papelaria auxiliares à disposição das pessoas.

É importante nesses workshops manter um clima amistoso e descontraído, para que as pessoas entrem no estado de flow.

Se a sessão for presencial, estar num lugar perto da natureza ajudará bastante. Vários estudos associam criatividade e o contato com a natureza.

Pois bem, essa é a receita básica de um workshop de cocriação.

Quer saber como levar um para sua empresa?

A Zweck é especialista nesse tipo de abordagem.

Com quase 20 anos de experiência na área de criação de produtos e serviços inovadores, sua fundadora, Isis Koelle, já conduziu inúmeras sessões de co-criação, agregando bastante valor para as empresas e clientes.

Entre em contato que explicamos melhor nossa proposta de trabalho para cocriação.

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